sexta-feira, 11 de junho de 2010


Sombra.
Debaixo da árvore estico meu lençol, fixo moradia por algum tempo.
O cheiro fresco do gramado e a tarde ensolarada me dão sono.
Não durmo.

(foto arq. pessoal)

segunda-feira, 7 de junho de 2010


No meio de tantas pessoas de tantas cores, com seus rostos tortos,
sono, fome, cansaço, drogas a mais, entre ruas, galerias de fachadas sujas,
nas calçadas alcoolizadas vítimas de multidões, mijadas tantas vezes,
pessoas, cães, jovens, velho tirando um sarro com o outro, brigando por qualquer coisa, trombadinhas, entre escolhas erradas feitas durante noites brilhantes ou dias frios,
tanta gente distraída, umas procurando um lugar outras procurando outras entre tanta gente pedindo atenção, tanta gente querendo ver onde consegue ir numa manhã bonita de outono,
no meio dessa gente toda, com ilusões refeitas e outras perdidas,
onde ateus brindam o hoje, eu passei e vi.
Seu rosto era o mais estranho.
E se foi.


(foto arq. pessoal. São Paulo sempre!)